Meti pólvora nas botas e causei o Armageddon no inferno Cheio de cóleras e vísceras apanhei o autocarro com 40 graus no inverno Em fase terminal nenhum sonho se vê como uma vitória É como se a morte batesse a porta e fosse o fim duma história Gritei e procurei o mago pelas bandas deste trilho na Sibéria Fritei o caco sem bilhete pago nas bancas de todo o rico na miséria Com um facalhão eles partem o pão e demonstram o poderio nas ruas Um milhão de tsunamis neste mundo são, sem aulas da capicua Onde vão todos os monstros da noite quem são, então tu averigua Porque demonstração de fraqueza é tu teres dinheiro mas nem sequer controlas a rua Em Nairóbi no Quénia tanta pobreza que alguns têm mãos nos dedos Onde a cada bafo de respiração se vive um mundo de ilusão e medos Porque um tigre preto de riscas amarelas era lindo no meu mundo Não quer dizer que no meu peto sem moedas belas eu até tenho uma de São facundo Foi narmer ao que se sabe o primeiro faraó a unificar o Egipto É na Arménia onde se levanta o pó e ninguém sabe ao certo o que está escrito Milhões de palavras atrás do mago Coloca a âncora porque o mar é bravo Deixa o balcão pa trás porque tá tudo pago Enxerga e navega nas palavras de saramago