Estive parado, fechado na minha bolha Tive encontro marcado, focado na minha folha Amargurado quanto ao passado, A minha escolha Influenciado e viajado, Negro, buraco da recolha Reservado, alucinado Num cubo sem saída Desanimado, distanciado A sobreviver à vida Desesperado, obrigado A erguer-me pós caída Motivado e incentivado Em chegar ao topo da subidaaaa ×2 Porque mais fundo que ao que estive Não irás ver-me lá Marco profundo, sendo que este mundo Não quer ter-me cá Daqui pra acolá, Um segundo e está, Toda a gente a pisar-te Pra ver no que dá Então basta man, Afasto quem, Me suga as energias Como um imén Sou homem, Sei o que o meu Ser contém Safoda ouvidos que não ouvem Só escutam o que convém Bocas falam, vai e vem Sem saber o que de facto trazem Bocas calam e bem, Depois do mal que fazem Narizes são empinados, 99 a cada 100 E olhos de inveja cerrados, À vista, de alguém Mentes são pequenas, Dentes, pelas mentiras escassos Julgam-se eficientes, Deficientes são nos traços Desrespeitam as conquistas Riem-se dos meus fracassos Enquanto seguem o rebanho Eu cá não sigo passos Demasiado livre Pra estar preso a padrões E não é por estar empregado Que tenho apreço a patrões Visionário de berço, Sigo as minhas visões Se te incomoda como vivo, Não convivo essas razões Poupa-me à divisa dessas decisões E ouve quem te avisa: Entre nós, divisões Se não estás comigo, ou estás neutro ou te opões Btw, Não sou brinquedo pras tuas diversões #BocasFalam